Conferência celebra papéis da mulher na diabetes

Conferência celebra papéis da mulher na diabetes
Novembro 14, 2017 Joana Leitão

A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), com o apoio do Departamento dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, promoveu no Dia Mundial da Diabetes (14 de novembro de 2017), a conferência “A Mulher e a Diabetes”, dando espaço aos testemunhos, ideias e opiniões de várias mulheres que, de diferentes formas, estão ligadas à diabetes e à saúde. O Salão Nobre dos Paços do Concelho de Lisboa ficou completo para ouvir um conjunto de convidadas que olham para a diabetes de diferentes prismas: na primeira pessoa, na família e na sociedade.

As intervenções que fizeram a conferência foram marcadas pela emoção, especialmente com os testemunhos de Filipa Fortunato, autora do livro infantil Mia, e Paula Dias Klose, que contaram como é viver com diabetes tipo 1 desde a infância.

O papel decisivo da mulher na educação para a saúde mereceu várias vezes destaque. Isabel Ramoa, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, acentuou os desafios que são colocados à mulher como cuidadora que promove a saúde na família. “É verdade que as mulheres mais instruídas podem ser mais saudáveis, felizes, autónomas, e podem melhorar a saúde da família. Mas é necessária uma distribuição equilibrada de papéis”, alertou.

No painel dedicado ao tema “A Mulher e a Sociedade”, Maria de Belém Roseira elogiou o facto de “as organizações de saúde começarem a olhar para os problemas específicos da mulher”. Também Maria Antónia Palla, que tem diabetes tipo 2, lembrou que “o tempo das mulheres não é o tempo dos homens”, apontando a descentralização dos serviços de saúde como um benefício para quem tem diabetes. “A experiência mostra que as coisas correm melhor quando dimensionadas à escala humana”, sublinhou.

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