ERNESTO ROMA
Infografia da vida de Ernesto Roma. Criador da Diabetologia Social e fundador da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), a mais antiga associação de pessoas com diabetes do mundo.
Ernesto Galeão Roma nasceu em Viana do Castelo no dia 1 de junho de 1887. Já em Lisboa, foi educado no Colégio Militar e licenciou-se em Medicina pela Escola Médica de Lisboa com 19 valores.
Ernesto Roma cedo viajou para Paris e, mais tarde, para Boston, onde estagiou no Massachussetts General Hospital. Visitou a Clínica Joslin, para onde Banting e Best, os médicos que descobriram a insulina em 1921, tinham enviado os primeiros frascos do produto. De volta a Portugal, criou a insulinoterapia e tornou-se reconhecido e consagrado como diabetologista.
Frustrado pelo crescente número de mortes provocadas pela diabetes de pessoas que não tinham meios de adquirir a insulina, Ernesto Roma criou a “Associação Protectora dos Diabéticos Pobres”, com a ajuda de amigos e benfeitores da burguesia.
Com a criação da APDP, uma das principais preocupações de Ernesto Roma estava relacionada com a educação terapêutica, tendo aqui iniciado as sessões de formação para pessoas com diabetes.
Adaptando a Clínica Diabetológica às condições dos pobres em Portugal, Roma criou uma Escola original em que a insulina era prescrita não só a crianças como também a adultos. Desta forma, a dieta associada à insulina já podia ser alargada, permitindo às pessoas com diabetes comer os mesmos alimentos que a sua família – excluindo o açúcar – e limitando o cálculo da dieta apenas à ração hidrocarbonada.
A APDP passou para a sua sede atual no edifício da Rua do Salitre, na altura adquirido com um empréstimo à Caixa Geral de Depósitos.
Alteração do nome da APDP para um nome mais consentâneo com a verdadeira vocação da instituição, com a sua modernização, desenvolvimento e com a nova realidade do país: Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal.
Ernesto Roma é uma figura principal na História da Diabetologia, que todas as pessoas com diabetes e seus profissionais de saúde devem conhecer e, com gratidão, respeitar.
A criação de uma fundação homónima é uma justa homenagem a um homem que sempre trabalhou na luta contra a diabetes, ainda mais quando o objetivo é dar continuidade ao seu vasto trabalho nesta área.