UMA VISITA À HISTÓRIA DA DIABETES
No centenário da descoberta da Insulina
O papiro de Ebers
(1550 A.C)
O papiro de Ebers data de cerca de 1550 anos A.C. e é o mais antigo documento encontrado até hoje, fazendo referência a uma doença que se assemelha à Diabetes.
Este papiro foi encontrado num túmulo em Tebas, no Egipto, no ano de 1862, pelo egiptólogo George Ebers e passou a ser conhecido pelo nome do seu descobridor.
O tratamento nele recomendado durava 4 dias e incluía um estrato líquido de ossos, trigo, erva e terra.
Arateus de Capadócia
(Séc. II)
Arateus de Capadócia usou pela 1.ª vez o termo diabetes, com origem do grego e que significa “passar através de”,”atravessar”.
Define o quadro clínico completo tal como o conhecemos hoje.
Susruta & Charuka
(Séc. V / Séc. VI)
A associação de poliúria e urina doce foi primeiramente descrita na literatura Sanskrit entre o Séc. V e o Séc. VI por dois notáveis físicos indianos Susruta e Charuka.
A urina dos doentes era descrita pela 1.ª vez como tendo um sabor a mel.
Constatou-se a existência de dois tipos de diabetes. Um que atingia as pessoas de meia idade e outro as pessoas magras, tendo este último, habitualmente, uma evolução muito rápida para a morte.
Avicena
(980-1037)
Avicena escreveu uma vasta enciclopédia médica.
Descreveu em pormenor a clínica da diabetes, mencionando duas complicações da doença, a gangrena e o colapso da função sexual.
Receitou eméticos e promotores da sudorese, proibiu o uso de substâncias diuréticas e recomendou o exercício (de preferência a cavalo) para “massagens suaves sobre os rins de modo a aliviar o excesso de urina”.
Recomendou tratamento com tremoço (ainda hoje se usa) e outras sementes, uma mistura com uma ligeira ação hipoglicemiante.
Paracelsus
(1493-1541)
Paracelsus foi um físico suíço que relatou a existência, na urina de pessoas com diabetes, de uma substância anormal que permanecia como resíduo após a evaporação.
No entanto, afirmava que este pó era um sal e a diabetes se devia à deposição desse sal nos rins, causando sede e poliúria.
Thomas Willis
(1621-1675)
São redescobertos os trabalhos de Susruta.
Thomas Willis provou a urina de uma pessoa com diabetes e descobriu que é “doce como mel” e qualificou a diabetes como mellitus (palavra latina que significa semelhante ao mel).
Acreditou-se ser a diabetes devido a alterações humorais e ao excesso de ingestão de bebidas.
Especulou-se se a diabetes não seria uma doença do sangue.
Como remédios prescrevem-se adstringentes.
Matthew Dobson
(1735-1784)
Matthew Dobson médico, filósofo e fisiologista de Liverpool, EUA, tratou nove pessoas com diabetes e publicou o resultado dos seus experimentos em 1776.
Demonstrou que no sangue, como na urina desses pacientes, havia uma substância com um sabor doce.
Provou que essa substância era açúcar e concluiu que já existia no sangue antes de se formar nos rins.
Foi a primeira demonstração de que a diabetes é uma doença sistémica e não uma doença renal.
John Rollo
(17..-1809)
Em Inglaterra John Rollo consegue alguns êxitos terapêuticos em doentes a quem prescrevia “dieta de carne”.
Rollo ficou conhecido como o primeiro, ou certamente um dos primeiros, a prescrever dietas definidas para pessoas com diabetes.
Claude Bernard
(1813-1878)
Depois de muitas experiências, em 1855, Claude Bernard isolou o glicogénio e atribui ao fígado a sua formação.
Teorizou ser a diabetes provocada pela glicogenólise do glicogénio hepático.
Paul Langerhans
(1847-1888)
Paul Langerhans descreveu a anatomia e histologia de formações isoladas e dispersas no seio do pâncreas e denomina-as de ínsulas (donde deriva o nome da insulina), mais tarde Ilhéus de Langerhans.
Langerhans contraiu uma tuberculose e refugiou-se na Ilha da Madeira onde, durante 10 anos, exerceu cliníca e publicou vários estudos sobre a flora daquela ilha. Encontra-se sepultado no Cemitério Inglês no Funchal, Madeira.
Minkowski & Von Mering
(1849-1908)
As experiências de Minkowski e Von Mering demonstraram que o pâncreas era uma glândula de secreção interna importante para a manutenção da homeostase da glicose.
Notam o aparecimento de uma diabetes grave num cão a que se extraíu o pâncreas e especulam sobre a existência de uma substância produzida pelo pâncreas e responsável pelo controlo metabólico.
Bouchardat
(1809-1886)
Bouchardat em Paris, cidade à época cercada pelos alemães, nota que o racionamento da comida leva ao desaparecimento da glicosúria em algumas pessoas com diabetes e que o exercício físico também parece ter um efeito positivo.
Surge a ideia de diminuir a ingestão de alimentos às pessoas com diabetes
Eugène Gley
(1857-1930)
Gley era um fisiologista e endocrinologista francês nascido em Épinal Vosges.
Estudou fisiologia com Henri Étienne Beaunis na Faculdade de Medicina de Nancy e depois trabalhou como assistente de Étienne Jules Marey, em Paris.
Em 1905 enviou um documento ao Secretariado da Sociedade de Biologia (Paris) com a data de 20 de fevereiro.
O documento, foi intitulado “Sur la Sécretion Interne du Pancréas et son Utilization Therapeutique”.
Neste artigo, Gley descreveu os resultados de ensaios iniciados em 1890 com “extratos de pâncreas degenerados” obtidos por oclusão dos ductos excretores da glândula.
As injeções dos ditos extratos reduziram a excreção urinária de glucose em cães submetidos a pancreatectomia com melhoria da situação clínica.
Primeiro a produzir, com sucesso, a partir do pâncreas, uma preparação que elimina a excreção de açúcar em um período mais curto ou mais longo pela administração iv. Forschbach J. Dtsch. Med. Wschr. 1909…35:2053-2055).
Georg Ludwig Zuelzer
(1870-1949)
Em 1907, Zuelzer produziu extratos de pâncreas equino, bovino e suíno.
Macerou o tecido glandular em argamassa na areia, misturou o macerado com sílica gel e pressionou-o num filtro de tear.
Tratou o extrato líquido com álcool, precipitando proteínas contaminantes.
Administrou o extracto pancreático em animais com diabetes experimental e também em doentes com diabetes.
Observou uma diminuição considerável da glicosúria nos casos tratados, embora com acompanhamento frequente dos efeitos colaterais (febre, sudorese, vómito, estomatite, hipertonia muscular).
A tabela mostra a redução de mais de 30% em excreção diária de glicose num cão pancreatectomizado após administração de dose única intravenosa com 1 grama de extracto pancreático.
Caso 3
(julho de 1907)
Desaparecimento de glicosúria e cetonúria numa criança de 6 anos com diabetes grave.
Nicolae Paulescu
(1869-1931)
Nicolae Paulescu foi um cientista romeno que alegou ter sido a primeira pessoa a descobrir insulina, que ele chamou de pancreína.
Quando F. Banting e J. J. R. Macleod receberam o Prémio Nobel de Fisiologia e Medicina de 1922 pela descoberta da insulina, escreveu Paulescu ao comité do Prémio Nobel, alegando que ele havia descoberto e usado a insulina em primeiro lugar. Macleod reconheceu posteriormente a veracidade destes factos.
Suas alegações foram rejeitadas pelo Comité Nobel, mas graças a um professor britânico chamado Ian Murray, Paulescu e as suas descobertas, são agora reconhecidas como significativas na história da insulina.
Em 1916, Paulescu, após estudar a pancreatectomia em cães, concluiu que a injeção de solução aquosa de extrato pancreático permitia uma melhoria da diabetes induzida experimentalmente.
No entanto, a Primeira Guerra Mundial, já em andamento em 1916, bloqueou os estudos de Paulescu que ele só pode retomar em 1920 com novas experiências cujos resultados foram publicados em 1921 na revista “Archives Internationales de Physiologie”.
Paulescu removeu o pâncreas animal sem ligar os ductos excretores, emulsificou o tecido pancreático e injetou-o na veia jugular do cão pancreatectomizado.
Dessa maneira, o médico romeno demonstrou que o extrato do pâncreas de cães e bois continha algumas substâncias capazes de agir com efeito antidiabético.
Frederick Grant Banting
(1891-1941)
Em 1920, Frederick Grant Banting (1891-1941) era um cirurgião com pouca prática numa pequena cidade chamada Londres, na província de Ontário no Canadá.
Havia servido como oficial no Corpo Médico do Exército Canadiano na I Guerra Mundial.
Esteve alguns meses em Londres, convalescendo depois de ter sido ferido no braço por estilhaços, e aproveita para fazer um estágio no Royal College of Surgeons. Voltou a Toronto em 1919.
Foi treinar como cirurgião no Sick Children Hospital em Toronto e decidiu abrir uma pequena clínica como cirurgião em Londres, Ontário. Não teve sucesso e é forçado a assumir uma posição como assistente na escola médica local. Foi nesta altura, a 30 de outubro de 1920 quando Banting estava a preparar uma palestra sobre a função do pâncreas, que passou na biblioteca da Faculdade de Medicina e ao ler a última edição de “ Ginecologia e Obstetrícia” foi atraído por um artigo intitulado “A relação das ilhotas de Langerhans com o diabetes, com referência especial a casos de litíase pancreática”, da autoria de Moses Barron.
Enquanto pensava nas secreções pancreáticas depois de ler o artigo, Banting anotou uma ideia para uma experiência preliminar de modo a investigar melhor a relação entre secreções pancreáticas e diabetes.
Prof. John James Rickard Macleod
(1876-1935)
A 7 de novembro, seguindo o conselho de um colega, Banting trouxe a sua ideia à atenção de John James Rickard Macleod, um fisiologista escocês e especialista em metabolismo de carbohidratos na Universidade de Toronto.
Após alguma hesitação, Macleod decidiu dar-lhe espaço no laboratório, um assistente que tirou à sorte entre três (Charles Best) e alguns cães de laboratório por dois meses e até ao final do ano académico. Banting e seu assistente Best, iniciaram as suas experiências em maio de 1921.
Best havia acabado de concluir o seu bacharelato em fisiologia e bioquímica na Universidade de Toronto e foi contratado como assistente de pesquisa de Macleod, seu ex professor.
Charles Herbert Best
(1899-1978)
A ideia de Banting em 30 de outubro, envolvia a ligação dos ductos pancreáticos de um cão e a extração e isolamento das secreções produzidas após a atrofia das células dos acinos.
Após um início de verão de muitos contratempos e fracassos, a equipa relatou que no início de agosto conseguiu manter vivo um cão diabético descompensado, com injeções de um extrato feito de pâncreas preparado, seguindo as instruções de Macleod, em solução salina.
Surpreendentemente, esse extrato reduzia drasticamente os níveis de açúcar no sangue de cães experimentais diabéticos.
James Collip
(1892-1965)
No final de 1921, Macleod convidou James Bertram Collip (1892-1965), bioquímico do departamento de fisiologia da Universidade de Toronto, para ajudar Banting e Best na purificação do seu extrato.
Collip era graduado da Universidade de Toronto, estava em período sabático na Universidade de Alberta e, apoiado por uma bolsa, tinha voltado à sua origem.
À medida que o ritmo experimental se acelerava, Banting e Best precisavam de grandes quantidades de seu extrato, e Collip começou a trabalhar na purificação do extrato para testes clínicos em humanos.
Banting & Best
(1921)
A 30 de dezembro de 1921, Macleod, Banting e Best apresentaram as suas descobertas na conferência da American Physiological Society na Universidade de Yale.
Banting, por nervosismo e inexperiência, fez uma má apresentação e a plateia foi altamente crítica às descobertas apresentadas. Macleod, como presidente da sessão, juntou-se à discussão na tentativa de salvar Banting dos comentários ferozes.
Depois desse fiasco, Banting ficou convencido de que Macleod havia entrado para roubar o crédito dele e de Best e as relações entre os dois começaram a deteriorar-se.
Ao mesmo tempo, porém, a tensão pessoal estava aumentando entre os quatro cientistas, à medida que Banting se tornava cada vez mais amargo com Macleod e punha Best contra Collip na corrida para purificar o extrato.
No início de janeiro, Collip chegou ao laboratório de Banting e Best e informou os dois que, embora tivesse descoberto um método para produzir extrato puro, ele o compartilharia apenas com Macleod.
Foi a intervenção rápida de Best que impediu Banting de atacar Collip. Felizmente para o futuro da insulina, um acordo feito alguns dias depois permitiu que continuassem a trabalhar juntos.
Leonard Thompson
(1922)
A 11 de janeiro de 1922 no Hospital Geral de Toronto, Leonard Thompson um jovem de 14 anos com diabetes, recebeu um extrato pancreático produzido por Banting e Best que incorporou algumas das melhorias de James Collip.
O extrato falhou em produzir resultados significativos e foi interrompido.
No final de janeiro, Collip descobriu um método para produzir um extrato cuja pureza excedia em muito a das tentativas anteriores.
Foi então administrado por via subcutânea 7,5 cc do extrato em cada nádega de Leonard. Observou-se uma leve diminuição da glicosúria pesada e uma diminuição de 25% do açúcar no sangue, juntamente com um “abcesso asséptico” em um dos locais injetados.
Leonard Thompson é considerado o primeiro paciente tratado com sucesso com insulina.
Leonard, já recuperado, injetava diariamente uma média de 85 unidades de insulina e nunca foi um doente bem controlado.
Em 1932 foi internado novamente no Toronto General Hospital em coma diabético e broncopneumonia aguda bilateral.
Acabou por falecer a 20 de abril de 1935 aos 27 anos de idade. Uma hemocultura pós morte produziu Staphylococcus aureus.
A 3 de maio de 1922, Macleod, representando o grupo, anunciou à comunidade médica internacional, numa reunião da Associação de Médicos Americanos, que havia descoberto a “insulina” – o agente antidiabético.
Imagem: Registo da primeira admissão ao TGH aos 13 anos, dezembro de 1921. (Heritage University of Toronto)
(Banting FG, Best CH, Collip JB, Campbell WR, and AA Fletcher. Pancreatic extracts in the treatment of Diabetes Mellitus.
The Canadian Medical Association Journal 1922;2:141 146)
Comunicação da descoberta da insulina por JJR Macleod, apresentada na Associação de Médicos Americanos.
(Washington, DC, 3 de maio de 1922)
Patente Canadiana 234336
(1923)
Universidade de Toronto
O método de concentração de insulina por adsorção em ácido benzóico desenvolvido nos Laboratórios Connaught (Universidade de Toronto), forneceu, embora de forma irregular e com muitas dificuldades, insulina aos doentes durante os primeiros meses de 1922 com resultados satisfatórios.
Em novembro de 1922, o cientista biomédico dinamarquês e vencedor do Nobel, August Krogh chegou a Toronto. O objetivo da sua visita era duplo.
Primeiro, ele queria investigar as alegações da descoberta com o objetivo de conceder o Prémio Nobel aos investigadores canadianos.
Mas havia também um objetivo pessoal: a esposa de Krogh tinha diabetes e ele queria levar a tecnologia para a Dinamarca.
A. Krogh e o Dr. H. C. Hagerdon foram bem sucedidos e fundaram a Nordisk Insulin Company.
A. Krogh e H. C. Hagedorn fundaram o Nordisk Insulin Laboratorium
August Krogh e Göran Liljestrard (Secretário Executivo do Comité Nobel desde 1918) eram amigos íntimos. A relação intensifica-se a partir de uma estadia em Copenhague por razões académicas.
A 20 de janeiro de 1923, Krogh escreveu uma carta para Göran Liljestrand com o seguinte comentário: ‘Como entenderá pelo meu discurso, é minha opinião que a descoberta da insulina é de extraordinária importância teórica e prática e dificilmente se surpreenderá com a minha intenção de apresentar uma indicação de que o Prémio Nobel seja concedido ao Dr. Banting e ao Professor Macleod.
Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina
Banting e Macleod receberam o Prémio Nobel de 1923 em Fisiologia ou Medicina pela descoberta da insulina.
O facto do comité do Nobel escolher apenas Banting e Macleod para o prémio causou mais animosidade. Banting indignado com o facto de Macleod ter sido escolhido para dividir o prémio com ele, anunciou imediatamente que dividiria ganhos com Best. Macleod, talvez, em reação ao gesto de Banting anunciou que ele também dividia o seu prémio com Collip.
No final de 1923 já a insulina estava há um ano em produção comercial nos laboratórios Eli Lilly and Company em Indianápolis..
As pessoas com diabetes que receberam injeções de insulina recuperaram do coma, e perceberam que tinham recebido uma nova oportunidade de vida.
Fundada por Ernesto Roma em 13 de maio de 1926. A mais antiga associação de diabetes do mundo.
Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP)
(1926)
ERNESTO GALEÃO ROMA
Nasceu em Viana do Castelo no dia 1 de junho de 1887. Frequentou o Curso Secundário no Real Colégio Militar e fez Curso de Medicina na Escola Médico Cirúrgica de Lisboa, de 1905 a 1913.
Em 1921 estava em Boston a estagiar no Massachussetts General Hospital.
Foi aqui que testemunhou a revolução da insulina e visitou a mais famosa e importante clínica diabetológica do mundo, a Clínica Joslin, para onde os descobridores da insulina tinham enviado os primeiros frascos do produto.
Assistiu, pois, aos primeiros milagres desta hormona, que salvou a vida e restituiu a saúde às crianças e adultos com diabetes que até então estavam condenados a uma inevitável morte a curto prazo.
Em 1926 frustrado pelo escândalo das mortes das pessoas pobres com diabetes que, sem qualquer assistência pública, não tinham meios de adquirir a insulina, ele mobilizou as pessoas da burguesia com diabetes, seus pacientes e amigos, e criou a Associação Protectora dos Diabéticos Pobres (hoje a APDP Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal), a primeira associação de diabetes do mundo.
Ernesto Roma criou a APDP com o objetivo de apoiar as pessoas com menos recursos materiais.
Mas à medida que se foi conhecendo a diabetes, a APDP tornou-se desde logo também uma casa de Educação Terapêutica e com o melhor conhecimento das complicações tardias da diabetes, uma instituição multidisciplinar de apoio e seguimento das pessoas com diabetes.
Comparticipação a 100% pelo SNS
(1980)
Na década de 80, por iniciativa do Dr. Manuel Sá Marques, então diretor clínico da APDP, conseguiu-se, junto das entidades oficiais, que a insulina passasse a ser comparticipada a 100% pelo Serviço Nacional de Saúde.
São criados os Departamentos de Dietética, Oftalmologia, Podologia, Cardiologia, Pediatria, Nefrologia, Cirurgia Oftalmológica, Urologia, Diálise, Investigação, Planeamento Familiar e inúmeras iniciativas na área da Investigação e Educação com parcerias com várias Universidades e Institutos.
A APDP publica regularmente a sua Revista “Viver em Equilíbrio” que é a mais antiga revista sobre diabetes do mundo (1931).